Escrito em
1927 pelo escritor Hermann Hesse, Nobel de literatura, o lobo da estepe conta a
estória de Harry Haller,um homem erudito saindo da casa dos quarenta anos com
uma grande insatisfação do mundo em que vive,sofrendo de uma crise existencial
decide que aos cinqüenta anos optaria pelo suicídio.
Harry é um
desiludido com o mundo e com a chamada vida burguesa que é constantemente criticada na obra, pois
considerava limitada e mesquinha,embora em algumas partes do romance expressa
em atos suas contradições,como por exemplo freqüentar o bares burgueses e se
entorpecer,mostrando assim o seu lado humano acima do intelectual.
Em uma de
suas aventuras pelos bares, conhece herminia,uma cortesã de luxo,a personagem se
mostra mais sábia que o próprio protagonista e lhe explica que ele não é apenas
o lobo da estepe,como auto-denominava
A parte
animal do ser, irracional é a parte
lobo,e a intelectual,racional, a parte homem Hermínia conta que todos somos fragmentos de um grande todo, em busca de nós mesmos,não
apenas bom e mau, feliz ou triste,lobo ou homem,mas tudo isso junto em pequenas
peças desse grande quebra cabeça.
Ao decorrer
do livro, Harry entra em contato com o teatro mágico, onde o lema é que para
entrar era necessário deixar a razão para fora, uma alusão ao seu próprio ser, o
seu interior, onde cada porta representa seus medos, desejos e alegrias.
A melhor
forma de entrar em contato com essas questões é a leitura propriamente dita,
recomendo não só por questões como a critica burguesia da época, mas também por
temas mais profundos do ser, como sua personalidade e o modo como reage ao
mundo. Eu me vi por diversas vezes na pele do lobo, que apesar de cinqüenta
anos possui traços de personalidade que me pertencem, não apenas uma “alma” mas
mil.
Lucas Gonçalves
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