Mil Almas

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Escrito em 1927 pelo escritor Hermann Hesse, Nobel de literatura, o lobo da estepe conta a estória de Harry Haller,um homem erudito saindo da casa dos quarenta anos com uma grande insatisfação do mundo em que vive,sofrendo de uma crise existencial decide que aos cinqüenta anos optaria pelo suicídio.
Harry é um desiludido com o mundo e com a chamada vida burguesa  que é constantemente criticada na obra, pois considerava limitada e mesquinha,embora em algumas partes do romance expressa em atos suas contradições,como por exemplo freqüentar o bares burgueses e se entorpecer,mostrando assim o seu lado humano acima do intelectual.
Em uma de suas aventuras pelos bares, conhece herminia,uma cortesã de luxo,a personagem se mostra mais sábia que o próprio protagonista e lhe explica que ele não é apenas o lobo da estepe,como auto-denominava
A parte animal do ser, irracional  é a parte lobo,e a intelectual,racional, a parte  homem  Hermínia conta que todos somos fragmentos  de um grande todo, em busca de nós mesmos,não apenas bom e mau, feliz ou triste,lobo ou homem,mas tudo isso junto em pequenas peças desse grande quebra cabeça.
Ao decorrer do livro, Harry entra em contato com o teatro mágico, onde o lema é que para entrar era necessário deixar a razão para fora, uma alusão ao seu próprio ser, o seu interior, onde cada porta representa seus medos, desejos e alegrias.

A melhor forma de entrar em contato com essas questões é a leitura propriamente dita, recomendo não só por questões como a critica burguesia da época, mas também por temas mais profundos do ser, como sua personalidade e o modo como reage ao mundo. Eu me vi por diversas vezes na pele do lobo, que apesar de cinqüenta anos possui traços de personalidade que me pertencem, não apenas uma “alma” mas mil.

Lucas Gonçalves

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